Cristiano Mariotti

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Coluna Cristiano Mariotti: ESCOLHAS PARA O BEM-VIVER!


Romário e Vasco

Enfim, chegou ao final a batalha jurídica entre ambas as partes. De tantas incertezas, uma coisa é correta: terminou da forma como haveria de terminar. Simples assim: o Vasco na gestão Roberto sempre contestou essa dívida, mas procedeu de forma errada ao retirar puro e simplesmente o registro do balanço sem, primeiro, averiguar sua veracidade em juízo. Romário, então, depois de tanto esperar pelo reconhecimento por vias que não fossem jurídicas, decidiu recorrer aos tribunais, e quase inviabilizou ao Vasco. Causou prejuízos financeiros e que interferiram na parte técnica do time de futebol ao final do ano passado e o estrago poderia ser bem pior.

No final, deu aquilo que a maioria já supunha: o clube não conseguiu provar o contrário (que a dívida não existia ou que, se existia, não era bem do clube) e ficou somente a sensação de que tentou-se (e conseguiu-se) ganhar tempo sobre algo que seria perdido ao longo do tempo. Papo encerrado e, agora, mais quatro milhões de reais (além do que se supostamente era a dívida até 2008) para o Almirante pagar mensalmente ao longo de dez anos. Como eu costumo dizer, o melhor negócio é aquele em que ambas as partes fingem que se enganam na esperança de que o estrago não seja maior para ambas. Romário finge confiar em um clube “devedor costumaz” (segundo a própria justiça) e que já ignorou sua suposta dívida por um tempo na esperança de receber algum. O Vasco finge aceitar o reconhecimento dessa dívida para evitar rombos bem maiores, por não ter a mesma convicção de outrora sobre a veracidade dessa dívida e por não ter advogados competentes no clube, hoje, como o que o Baixinho contratou (segundo deixou nas entrelinhas o próprio VP Jurídico atual).

Portanto, segue a vida porque os problemas do Vasco, infelizmente, são MUITO maiores do que cento e cinquenta mil reais mensais para o ex-atacante e, agora, beneficiário do Vasco por uma década. Pelo menos, no papel...

Anníbal Rouxinol

“Se eu digo que Romário não tem documentos que comprovem a dívida, se essa sempre foi minha tese, como vou aceitar fazer um acordo agora? Seria a desmoralização do escritório (Marcelo Macedo) que contratei”. (Entrevista ao jornal Extra On Line em 26 de fevereiro de 2013).

Sobre sua declaração horas antes da audiência, uma sõ colocação: se não existisse realmente nenhuma possibilidade de acordo, que o referido VP não desse uma declaração forte dessa natureza e logo para uma mídia de tamanha repercussão que é o Extra. Dessa forma, independentemente de lhe considerar capaz ou não para continuar no cargo, não vejo mais ambiente para que permaneça. Particularmente, considero que seria a hora correta para retirar-se e dar a vez para outro, menos desgastado e, inclusive, até mais capaz de liderar a um departamento problemático dentro do clube faz MUITO tempo.

Falando de futebol...

Segundo notícias veiculadas na coluna “Futebol, coisa & tal” de hoje, Éder Luís poderia estar indo para o Palmeiras. Maikon Leite poderia chegar como substituto. De minha parte, penso ser um ótimo negócio: Maikon Leite é mais jovem, mais habilidoso e anda perdido na mediocridade que é o time alviverde do Palestra Itália atual. Éder Luís perdeu o pouco de seu futebol faz tempo, e sinceramente, não lhe sinto motivado a continuar no Vasco, tal como Maikon Leite no Palmeiras. Uma oxigenação de ares para ambas as partes seria muito boa para ambos os atletas e para os clubes também. Se o Vasco ainda conseguisse se livrar, nessa transação, de parte de sua dívida contraída junto ao Benfica pela compra dos direitos econômicos de Éder Luís, melhoraria mais ainda.

Com o acréscimo de Juninho (lateral-esquerdo do time paulistano) nessa transação, ainda seria uma aposta a mais para termos, finalmente, um lateral-esquerdo depois de tanto tempo. Mais uma aposta, por sinal, dentre tantas como foram Ramón, Márcio Careca, Thiago Feltri, Dieyson e, em um futuro próximo, Yotún. Enfim, aguardemos pelo desenrolar dos fatos.

Com relação ao jogo do próximo sábado: a grande dúvida não é a escalação do time, e sim, sua postura e seu padrão tático. Principalmente, o último. Ao passo que o Flamengo, por exemplo com Dorival Júnior, treinou na última terça-feira (ontem) em tempo integral, o Vasco ficou somente na academia. No sábado que antecedeu ao jogo entre Vasco vs Audax, o time treinou em menos de duas horas e, quando encontrei-me com Carol Canoa, Dani Torres e Daniel Freitas em São Januário, o treino já havia terminado e nem eram 10 horas da manhã. Nesses exemplos, talvez comecemos a justificar o porquê de um time ser líder disparado da competição em pontos ganhos e o outro padecer, ainda, do individualismo de suas peças chaves para se classificar, em que pese o agravo de ser um time considerado fraco por muitos e em formação ainda. Fraco, especialmente, em seu setor defensivo, com zagueiros em má forma técnica e volantes pessimamente posicionados, tal como se viu perante o Duque d Caxias, no último domingo.

Considerando que vai enfrentar ao Fluminense (time de melhor plantel do Rio de Janeiro), mesmo com o adversário em teoria cansado por uma viagem ao Chile, com retrospectos positivos sobre esse rival nas últimas duas décadas e com a vantagem do empate, ainda assim o perigo habita na desorganização de um protótipo em campo e na postura de tentar, supostamente, começar o jogo retraído. Vale a lembrança não tão distante de títulos e classificações perdidas por fazer do empate o objetivo e terminar o jogo derrotado. Portanto, o mínimo de coerência para se esquecer tal vantagem ao longo do jogo é primordial, bem como jogar futebol, se espelhando no jogo de estreia da temporada de preferência. Contar com a boa vontade de Carlos Alberto e com Bernardo nos momentos em que resolve decidr, que são hoje a força ofensiva desse time e cujo último – ainda que com seus problemas – não pode ficar de fora.

Toque final

Confesso-lhes que me sinto exausto nos últimos tempos. Não é papo de “coitadinho” e nem “estória para boi dormir”: é a realidade. Graças a DEUS, aos amigos que me ajudaram e a mim, também, consegui abrir caminhos para a divulgação de minhas ideias sobre Vasco nas mídias pela Internet e pelo rádio também. Agradeço MUITO de coração ao André Pedro do WebVasco, ao Daniel Ferreira e ao Renner Monnerat do SempreVasco, a Jessica Corais e ao Elisvaldo do SuperVasco, ao José Carlos Prata da Gang do Bacalhau, ao Márcio Santos do Só Dá Vasco, e às diversas pessoas que me ajudaram a encontrá-las e que reconheceram em mim valor suficiente para falar sobre Vasco, de forma democrática, lisa e respeitosa! No entanto, sinto que uma hora meu ciclo poderá, abreviadamente, chegar ao fim. Não sei quando, mas poderá. O Vasco cansa, desgasta, a luta por um clube melhor sem partidarismo e somente pensando no Vasco parece inglória! E o pior: tendo em NÓS MESMOS como PRINCIPAIS RIVAIS!

Enfim, independentemente de minha vontade de prosseguir nessa “trincheira” no futuro ou não, agradeço demais aos que me acompanham, aos que sentem seriedade em minhas palavras, mesmo carregando para muitos “a mancha” (?!) de ter pertencido a um grupo político sem, no entanto, BENEFICIAR-ME desse artifício para conseguir algo dentro do Vasco, ao contrário do que alguns podem pensar por me desconhecer! No final, o Vasco é maior do que todos nós e o dia em que tivermos essa consciência, teremos o clube que sonhamos tanto!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Coluna do Mauro Bremer – Esquenta o clima!
 
Olá, Amigos!
 
Os termômetros voltam a subir em São Januário. Não pelo calor, comum nesta época do ano, mas por conta do descontentamento de alguns VP´s com a nova gestão que o Clube está imprimindo. O grupo reprova a chamada “carta branca” dado pelo Presidente Roberto Dinamite, ao homem-forte e Diretor Geral, Cristiano Koehler.
A alegação é que Koehler interfere diretamente em diversos setores (Marketing, Administração e o Departamento Jurídico) sem a consulta dos respectivos vices. Um dos mais insatisfeitos é Anibal Rouxinol (Vice Jurídico). Alegam ainda que, não foram comunicados pelo Presidente como ficaria a estrutura do Clube com a chegada do Executivo, fato que poderá gerar uma nova debandada, igual a ocorrida ano passado.
Em reunião na semana passada, terça feira, entre o Presidente Dinamite, Koehler e alguns vices, cobranças foram feitas e explicações deveriam ser dadas, principalmente sobre a a vinda de mais 2 novos Diretores (Administrativo e Planejamento mais o Jurídico) que, segundo os vices, afetaria ainda mais já terrível situação financeira, além do questionamento sobre seus plenos poderes. Koehler respondeu que mudanças são necessárias na organização do Clube, justamente para sair o mais rápido possível da grave crise. Para apimentar ainda mais este molho, é desejo do Diretor Geral trazer ainda mais um Diretor, desta vez um Financeiro.
 
Inegável
Apensar de pouco tempo na Colina, ficou evidente que Koehler gosta de ter tudo debaixo dos seus olhos, parece que nada pode escapar do seu crivo. A demonstração clara disso foi a articulação feita por ele junto a DIS para permanência do zagueiro Dedé, pelo menos até junho. Também está a frente na busca de um patrocinador master, já que a Eletrobrás está de saída e no Departamento Jurídico, onde tenta de todas as formas livrar o Clube das penhoras que tanto sufocam. Como um jogador moderno, parece que o homem atua em todas as posições.
 
Rider
Mas até aonde estes plenos poderes irão e quais suas reais consequências?  Simples. Se Koehler conseguir conduzir a nau em mares calmos, os louros da vitória certamente serão todos para ele, Dinamite, agora se isso não acontecer, a culpa recairá toda sobre o Diretor. Mais ou menos como “foi uma aposta que não deu certo” ou do tipo “mas eu tentei”. Parece mesmo que Dinamite entrou de férias, a chave do portão e do cofre ele já entregou.
 
Resumo do ópera
É bem verdade que precisávamos de alguém com pulso e capaz de tomar decisões, o que não estava acontecendo. Confesso também que gosto do estilo de trabalho adotado por Koehler, tal qual o de uma empresa da iniciativa privada. Torço muito para que dê certo e tenhamos sucesso, não pelo nosso Presidente, mas pela nossa Instituição. Pessoas passam, o nome fica!
 
Jogão 
Sábado, contra o Fluminense, temos a chance de novamente partir para uma decisão de turno. Basta um empate e estaremos lá. Estou um pouco cético com relação a isso, o time não me empolga e a dependência do Chefe Cazalber é muito grande. E arriscada. Nei, que tanto vibrei com sua contratação, está muito aquém do que já o vi jogar, Dieyson é fraco (horroroso pra falar a verdade), Dedé não está na melhor forma e Eder Luiz (preciso comentar?). Vai ser complicado mas, clássico é clássico...(e vice-e-versa).
 
Abraços e até próxima!
Mauro Bremer – @maurobremer

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Coluna do Mauro Segadas - A paz... Até quando??


Olá, amigos.

É tão bom quando a imprensa nos dá um descanso, né? É legal sairmos das manchetes sensacionalistas e chatas!
Isso significa, em termos, que o clube está se reorganizando. Felizmente!!
Vai ter gente falando que não tem paz nenhuma; que tudo continua do mesmo jeito; que essa saída da Eletrobrás quatro meses antes do fim do contrato mostra que a zona continua e blá blá bla´...

Mas vejo evolução, sim senhor! Vejo um trabalho sério sendo realizado pelo competente Cristiano Koehler e vejo um René Simões mostrando dia após dia sua capacidade.
Ainda é só o começo de um novo trabalho, mas JÁ é algo a ser levado em consideração.
Acredito que nossas perspectivas no fim do ano eram bem mais nebulosas, não concordam?
Hoje, vislumbramos um horizonte ainda distante, mas já alcançável.
Para isso, esse trabalho sério precisará ter o apoio de todos, desde os funcionários mais humildes de dentro do clube até o torcedor.

Tenhamos calma e paciência. Boas coisas surgirão no decorrer do ano.
É compreensível a desconfiança da torcida com este atual time, mas é o que temos, é o elenco responsável, hoje, por nos representar dentro de campo e temos que apoiar.
Está longe de ser o ideal, amigos, mas é o VASCO!!

Que a paz continue reinando e os que torcem contra, espero que quebrem a cara. Ressurgiremos mais fortes do que muitos imaginam!!!
Só peço humildemente para que a imprensa nos dê um tempo e trate de azucrinar os nossos rivais. Tenho certeza que tem coisa bem mais “interessante” acontecendo com eles.
Mas tenho quase certeza de que tentarão vender o Dedé mais uma trocentas vezes até junho. Tem jeito não!!

Por enquanto, aproveitemos este “descanso” que nos foi dado.

Leonardo e Tenório

Que dupla, hein? Estamos “bem” de atacantes. Dois caras que adoram um Departamento Médico.

O René precisará ir ao mercado buscar pelo menos UM bom camisa 9 para a disputa do Brasileiro. Pro carioquinha dá pra ir levando colocando o Carlos Alberto mais avançado e o Bernardo na meiuca.

É isso!

Um grande abraço, um ótimo jogo amanhã diante do Duque de Caxias e Saudações Vascaínas

Mauro Segadas
Twitter: @VascoJuve

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Mediocridade. Por José Carlos Prata.

Olá grande torcida Vascaína de todo Universo.Venho aqui mais uma vez escrever nesse maravilhoso blog feito para você torcedor Vascaíno,que merece todo nosso respeito.
Mas infelizmente,não temos nada de agradável em escreve e noticiar para nossa torcida,pois,como sabemos e vimos,nosso elenco e treineiro,andam se lamentando de quase tudo e sempre torcendo contra um ou outro,para que o Vasco possa ganhar ou chegar na frente,e esquecem de fazer o seu papel de pelo menos honrarem a camisa do C. R. Vasco da Gama,ao invés de ficarem falando besteiras nos microfones diabólicos da imprensa mulamba.
Na minha humilde opinião,esse nem é um dos piores times (elenco) do Vasco que já vi em ação,mas é um dos mais medíocres que já vi passar por nossa Colina,além de alguns jogadores do atual elenco não serem dignos de passarem nem de ônibus pelo portão de São Januário.Mas ainda resta um fio de esperança de que o futebol é uma caixa de surpresas e que ainda possamos surpreender se conseguirmos passar pelo grande Duque de Caxias segundo os medíocres jogadores desse atual elenco e seu treineiro,que é tão medíocre quanto ao time que ele irá enfrentar,pois deveria estar treinando o nosso próximo adversário ao invés do Vasco.

AFASTOU-SE:
A torcida afastou-se do time e do clube,pois a política e a atual situação do time não ajudam em nada nessa relação,e nem a atual diretoria ajuda muito com as suas atitudes de amadorismo,mas isso não é novidade para nenhum torcedor Vascaíno.

Temor:
Temo pelo Campeonato Brasileiro com esse elenco,que em um pobre campeonato Carioca,se complica para se classificar para uma simples semifinal com os outros clubes de tradição local,imagem no Campeonato disputado com toda dificuldade que é o Brasileirão e suas armações de arbitragem e tv?

Injeção de Ânimo:
Nós torcedores Vascaínos precisamos de umas doses de injeção de ânimo e em dose cavalar,pois,a tual situação nos deixa sem perspectivas para que qualquer coisa boa possa acontecer com o nosso clube.Espero estar totalmente errado em quase tudo que escrevi nessa coluna.
Um ótimo fim de semana a todos e SV.
José Carlos Prata @JCPRATA_01 @GANGDOBACALHAUVASCO





















segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Coluna Cristiano Mariotti: Constatações e contestações

Já diz o antigo provérbio que “depois da tempestade, vem a bonança”. Não que possamos assim chamar uma vitória diante de um clube inexpressivo em território nacional como é o caso do Audax, mas com certeza, é bem melhor vencer a quem quer que seja do que amargar mais um resultado negativo e incendiar ainda mais a um clube em eternas tormentas consigo mesmo. Pôr fim a uma série de um ponto conquistado dentre nove possíveis é, com certeza, motivo para se respirar e se prosseguir com mais tranquilidade no trabalho de reconstrução. Não com acomodação e com a sensação de que esteja tudo bem, pois a realidade é bem diferente. Mas dá, ao menos, tranquilidade e uma ponta de confiança aos profissionais. Auxiliados ainda pela derrota do Madureira, que nos recoloca na condição de dependermos somente de nossos esforços para garantir ao óbvio e aceitável: a vaga nas semifinais desse primeiro turno.

O anterior e o atual certame
 
Há mais de um mês atrás no início da temporada, Vasco e Flamengo eram os times contemplados como as forças de segundo escalão dentre os quatro grandes clubes do Rio de Janeiro, que colocavam Fluminense (de forma muito justa) e Botafogo em um estágio à frente de ambos. Ambos, inclusive, protótipos de times para 2013. Logo, percebeu-se de que o Fluminense, ciente de seu potencial técnico, não precisaria demandar maiores esforços para se classificar com certa tranquilidade, inclusive, para as semifinais da Taça Guanabara. 


Ao Botafogo, coube-lhe uma impressão de “soberba injustificada”: talvez por ter sido colocado por muitos como rival direto do Fluminense em teoria, por sorte de seus adversários ele (Botafogo) pode ter acreditado nesse conto e o que se vê é mais um time tão comum como os demais, tendo em Seedorf seu diferencial e um goleiro de grande nível a lhe defender. Contra si, o peso de um técnico rejeitado por sua torcida e que alterna bons e maus momentos em seu trabalho questionado por quem vivencia o dia-a-dia alvinegro.


Acerca do arquirrival, Flamengo, outrora taxado, até por alguns, como o pior dente os quatro, restou-lhe a troca de diretoria para um pensamento mais profissional, contratações cirúrgicas em setores carentes do time, o aproveitamento do que há de melhor em suas divisões de base, além de um trabalho de reestruturação de um time sério comandado por Dorival Júnior: o mesmo técnico que muitos vascaínos esquecem de que foi a quem recorremos há quatro anos atrás para montar o elenco que nos reconduziu de volta à primeira divisão. Com dose de sorte para quem trabalha, encontraram dois jogadores, um deles que pode ser uma revelação a craque daqui a alguns tempos (ou não!) e outro centroavante limitado tecnicamente, mas que faz o que todos desejam: gols, em um time no momento bem armado. Líder e com a vantagem de garantir esse turno se não mais perder até a final do mesmo, pode não ser campeão (é o que desejo!), mas faz nesse momento por merecer, pois segue os passos e com pensamento progressista no qual gostaríamos de ver entranhado em nossa instituição.


E é sobre essa questão nevrálgica que volto a insistir para quem é Vasco e o pensa com a cabeça de vencedor. Há mais de duas semanas atrás, Wallim Vasconcelos – VP de Futebol rubro-negro – em uma entrevista a um jornal de grande circulação reconheceu que seu clube passaria por dificuldades adotando, contudo, um discurso de austeridade otimista, de progresso e crescimento sustentável com o tempo, completamente diferente do discurso adotado pela diretoria amadora atual eleita do Vasco e tal conforme já elucidei faz algum tempo. Seu discurso, ao que parece, se materializa nesse início: vemos a evolução de um time antes visto como dos mais fracos, ao passo que a evolução do time vascaíno se faz a passos “tão rápidos” comparados aos de tartaruga. É questão de filosofia de pensamento e vontade de vencer, bem maior nesse momento em nosso arquirrival. Afora outras questões que os ajudarão bem mais do que a nós ao longo do tempo, como maior rentabilidade em cotas de transmissões de TV, mídia a seu favor e exposição maior de sua marca, tal como no último campeonato brasileiro, em rede aberta, dando-lhe maior visibilidade e retorno financeiro em patrocínios.


Refletindo sobre nós mesmos
 
Ao Vasco durante seu percurso inicial e as três vitórias consecutivas, deu-se a falsa impressão de que o time fosse desenvolver em campo algo bem melhor do que sua escalação sugeria no papel. Construiu-se, para muitos, uma fortaleza de otimismo em areia, que logo foi lhe mostrado a realidade. É preciso bem mais do que um discurso de austeridade para fazer um clube funcionar. É preciso trabalho com inteligência, dedicação e profissionalismo com competência, aliado a pensamentos de maior progresso, e não de regressão, estagnação ou eterno conformismo ao pouco que se produz e aos poucos resultados alcançados e que podemos alcançar sob olhares acomodados em 2013, sem a reação no qual nossa torcida quis e que, por isso, apoiou em sua maioria a saída do ex-Presidente e a renovação de poderes em 2008.


Sobre esses momentos de reflexão, analisamos o porque não evoluímos mais do que poderíamos. Ao contrário dos demais adversários de expressão local, sucateamos as divisões de base com péssimos trabalhos durante quatro anos e pagamos essa “salgada conta”. Hoje, contamos somente com, no máximo, jogadores jovens advindos da base com potencial, contudo não ainda prontos para assumir alguma vaga de titularidade, mesmo ao meio de um protótipo de time. 


Possuímos jogadores que nos dá o pressentimento de que poderão vingar, mas sem contudo metas e prazos estabelecidos para apresentar algum resultado de evolução tática e em conjunto dentro de um time formado, se é que farão mais do que pensamos que poderão fazer, pois foram em sua maioria, no máximo, coadjuvantes em seus ex-clubes. Em contrapartida, possuímos jogadores reconhecidamente de potencial técnico, no qual somos dependentes hoje – Carlos Alberto em especial, tal como na Série B – mas que não nos passa a confiança necessária de até quando ele estará a fim de jogo e sem lesões. Queiramos admitir ou não, somos outro time com ele em campo, o que já representa um retrocesso ao modelo de 2009, se comparado ao fator grupo que prevalecia no time que nos tirou, não somente da fila de mais de oito anos sem títulos, como também nos resgatou a competitividade durante 2011.


Essa é a nossa realidade: apostar que o imponderável irá contribuir para que Carlos Alberto atue bem na maioria dos jogos; apostar no resgate de bons valores tais como Dedé, Bernardo e Éder Luís; apostar em jogadores que buscamos e que vieram dentro das condições financeiras precárias na falta dos jogadores de base bem formados para compor ao time titular; apostar nos mais experientes que vieram e nos remanescentes; apostar que a nova diretoria profissional dará suporte ao grupo para realização de um trabalho com dignidade; e apostar que o peso da camisa poderá ajudar, ao menos em jogos contra os clubes de pequeno investimento.


O Fator Gaúcho
 
Nessa intenção de remontagem de um elenco e de formação de um time mais competitivo com o material humano que o Vasco disponibiliza hoje, Gaúcho (que nunca foi considerado um técnico com envergadura necessária para um grande clube) caminha (tal como nosso clube nesse atual momento de nossa história) a pequenos passos para evolução de seu trabalho perante tamanha responsabilidade que possui. Ainda vejo, tal como hoje diante do Audax, um time confuso em seu sistema defensivo, enrolado na saída de bola para o ataque e sem padrão de jogo definido. 


Sobre ele, recai ainda o peso por duas decisões precipitadas em sua escalação titular e um acerto. A insistência na inoperância de Éder Luís, contemplada com um gol de frente para as redes, digno de entrar para o time do “Inacreditável Futebol Clube” se o perdesse. E a exposição de Dieyson, lateral ainda sem maturidade para assumir a responsabilidade de ser titular hoje, dando-lhe ainda de forma precipitada a missão de marcar mais (segundo o próprio atleta) e retirando-lhe sua principal virtude de ser ofensivo, tal como era na base. Fosse um time mais bem qualificado tecnicamente, seu lado seria um convite para o adversário entrar de cara com o goleiro Alessandro – esse, sim, faça-se justiça pela evolução, ao menos, apresentada nos dois últimos jogos, sem no entanto, termos a convicção ainda de afirmarmos de que se firmará em nossa meta. Acertou, no entanto, ao deslocar Wendel ao lado de Abuda para o meio-campo, e creio que sejam, no momento, as melgores opções para proteção da defesa restando-lhes, contudo, a definição para um melhor posicionamento à frente da zaga.


Cabe a Gaúcho a responsabilidade pela evolução tática e em conjunto desse time em campo. Compartilhar experiências e ideias com Renê Simões e Ricardo Gomes, que já vivera essa responsabilidade de reconstrução há dois anos atrás, é uma das alternativas, se quiser cooptar a confiança da torcida, dos diretores e manter-se à frente do cargo que ocupa hoje por mais tempo.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Coluna Cesar Augusto Mota-Situação crítica

                                                 Crédito da foto: Marcelo Sadio/site oficial do Vasco





Olá vascaínos e todos ligados no nosso blog, já é o terceiro jogo que o Vasco sai sem vencer e passa agora por situação delicada na Taça Guanabara, e dependerá de outros resultados para se classificar para a semifinal.

A vitória contra o Fluminense no clássico realizado no sábado de carnaval era fundamental para ultrapassar o Madureira, que já havia vencido o Duque de Caxias por 1 a 0 e ultrapassara o Vasco no meio da semana.

Cada tempo foi distinto, Fluminense foi superior no primeiro tempo, e o Vasco melhor na segunda etapa. Nos primeiros 45 minutos, a equipe tricolor partia para o ataque freneticamente, e Vasco se defendia do jeito que dava, e a proposta vascaína era essa, de se fechar, chamar o Fluminense para seu campo e pegar as brechas deixadas e fazer contra-ataques mortais.

Destaco a atuação do goleiro Alessandro e de Carlos Alberto, o primeiro fez defesas que não vinha fazendo nos últimos jogos, e Carlos Alberto foi consistente no meio campo, com mais chances criadas, porém não aproveitadas por nossos atacantes.

O segundo tempo era todo do Vasco, estava vencendo por 1 a 0 e por pouco não ampliou, mas a longa má fase de Éder Luis, a improdutividade de Bernardo e o vacilo de Pedro Ken foram fatais, o Fluminense percebeu o nervosismo do Vasco e empatou com Fred. Resultado justo para o jogo, mas horrível para o Vasco.

A situação vascaína é tão curiosa que agora precisa de seus próprios resultados e de tropeços do Madureira para se classificar. Na última rodada,um jogo inusitado, Fluminense x Madureira, e pode o Vasco depender de uma vitória do rival tricolor para prosseguir na competição. Mas o Fluminense não está ainda classificado, a equipe do Boa Vista está colada na tabela, e qualquer tropeço pode fazer o time de Abel Braga cair na tabela.

Se na última rodada o Fluminense já chegar classificado, a pergunta que não cala e que já fiz diversas vezes como comentarista da rede Só dá Vasco: Fluminense seria capaz de entregar o jogo para prejudicar o Vasco? Estamos nos preocupando com isso por culpa do Vasco, que perdeu jogos para adversários inferiores tecnicamente e por não saber nosso técnico mexer na equipe e fazê-la sempre buscar a vitória, tendo recuado na maioria das vezes. Em um campeonato de baixo nível técnico e com estádios precários, não pode o Vasco perder pra times pequenos e nem se ver de fora da semifinal de turno, com  uma equipe de menor investimento em seu lugar. Vasco é grande, não merece isso, mas está nesse contexto difícil hoje também por conta de suas atuações apáticas e dos resultados decepcionantes. Está certo que a equipe ainda não está pronta e precisa de muitos ajustes, mas num campeonato tão fraco em termos técnicos como esse e por sua grandeza, é obrigação do Vasco avançar para as semifinais, pode até ser eliminado mais adiante, mas tem que se fazer presente entre os 4 melhores da primeira parte.

Além disso, uma equipe entra em campo para vencer, nunca pra perder, e tem que jogar pela honra, instituição e dar satisfação ao torcedor, seria falta de ética uma equipe entrar pensando em ser derrotada e para prejudicar um rival. Mas em futebol já se viu de tudo, e não duvidaria que o Fluminense fizesse isso, já nos prejudicou das mais diversas formas e nem se importa com o que faz, passa mesmo por cima dos outros. Vejamos primeiro nossos resultados e em seguida se o Madureira irá tropeçar, primeiro contra o Bangu, antes do Fluminense, que pode definir nossa vida.

É torcer muito, se não der, vida que irá seguir, e pensar na Taça Rio, já com Sandro Silva e Yotún, tornando a equipe mais forte e provavelmente com um novo jeito de jogar. Bom final de semana a todos, acreditemos no Vasco sempre, até mesmo em situações críticas, e ser Vasco é isso, junto dele na vitória e na derrota, no triunfo e na crise, na alegria ou na tristeza. Vasco sempre, jamais o deixe, e ame-o para a eternidade. SV!

 

@GANGDOBACALHAU

@rasecmotta11

 

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Coluna do Mauro Bremer – Política

Olá, Amigos!
 
Política – (s.f. do grego politiké) Arte ou ciência de governar; Aplicação desta arte nos negócios; Aliciação de eleitores;
Explicado o significado da palavra aos mais desavisados e o que esta representa, vamos ao assunto. Gostando ou não, tudo em nossa vida baseia-se na política, seja no campo pessoal, profissional e também no esportivo, aonde de fato quero chegar.
Ontem a noite (04/02), na Sede Náutica da Lagoa, foram aprovadas as contas do exercício 2011 da Gestão Dinamite, onde a situação venceu com 76 votos contra 66, apesar dos membros do Conselho Deliberativo ligados ao ex-presidente Eurico Miranda, a chapa Cruzada Vascaína e o Candidato a Presidente Roberto Monteiro, terem votado contra.  Esta disputa mostra o quão clara é a divisão política dentro de São Januário. A mim, mostra que Roberto soube “conduzir” muito bem o pleito e em como está “afinado” nesta arte, a Política. Certamente seus dias como Deputado lhe ensinaram muito.
Dizem que a derrota seria trágica e com proporções catastróficas para Dinamite, mas a pergunta que não quer me calar é: e para o Vasco, o que isso vai representar? Se puderem amigos leitores, me respondam.
Em tempo: No dicionário Michaelis, consta também a seguinte definição para a palavra Política: astúcia, maquiavelismo.  
 
Para entender
O pivô de toda polêmica foi o fato dos Conselheiros terem observado erros no programa de sócios “O Vasco é meu” com evidências de prejuízos financeiros. Segundo estes, o Clube não teria acesso a conta corrente do programa e seus dados mensais nem as movimentações. O Portal Uol (Esportes) apurou que na época a empresa responsável pelo programa, a Torcedor-Afinidade hoje Jeff Sports, recebia algo em torno de 23% do valor mensal captado, o que é maior que os 15% previstos em contrato.    
  
Defesa
Diretoria alega que a arrecadação mensal do programa de sócios era de R$ 330 mil, mas as contas apontavam que este não chegava a R$ 220 mil. A diferença entre o declarado e o efetivamente recebido passou de R$ 1,3 milhão no ano e o Clube arcou com este prejuízo. Outro problema citado diz respeito ao repasse de R$ 75 mil/mês em royalties por parte da fornecedora de material esportivo, sendo aquém do esperado.
 
Apoio
Ao incansável Rene Simões, mesmo com pouco ou quase nenhum recurso, luta para que tenhamos algumas alegrias neste ano. Se as contratações não são as que esperamos ou imaginávamos, sabemos os motivos, mas uma coisa é certa: sua credibilidade perante com os que negocia é inegável.
 
Dentro de campo
Os dois últimos resultados foram pra lá de ruins para o time, mesmo que ainda classificado(?) para as semi-finais como 2° do grupo. Escrevi na coluna anterior que o Campeonato é fraco, serve como uma espécie de laboratório para as competições mais importantes do ano, etc., mas convenhamos, perder para o Bangu é de chorar.
Após a derrota para o maior rival (duríssima diga-se de passagem) clamei pela saída do fraco John Clay do time e o Gaúcho parece ter atendido o pedido, não só meu mas de milhões de Vascaínos. Pensei que ia dar caldo mas foi puro engano. Vi sim um amontoado de jogadores sem vontade alguma, os que entraram no decorrer da partida não surtiram efeito algum. Até o Dedé, quem diria, muito abaixo da média e do futebol que sabe. Bola pra frente. 
 
Next game
Sábado as 17:00 contra o Fluminense, vamos ver se teremos um bom carnaval ou experimentaremos a tradicional e grandiosa ressaca, tão comum nas quartas feiras de cinzas. Atento ao fato de que, um novo tropeço no sábado, com Madureira e Friburguense vencendo cairíamos para o impensável 4° lugar do grupo. Bora lá torcer, o sentimento não pode parar! 
 
Vai dar samba?
Desceu Num Raio, É Trovoada! O Deus Thor Pede Passagem Pra Mostrar Nessa Viagem a Alemanha Encantada. Com este tema a Unidos da Tijuca busca o Bi Campeonato em 2013. Essa bateria é de arrepiar amigo! Confira o samba enredo completo aqui http://www.youtube.com/watch?v=5PBDL3_YIVg
 
“Deus Thor me chamou, vou nessa viagem
Que felicidade, é festa meu bem
Metade do meu coração é Tijuca
A outra metade Tijuca também”
 
Um bom carnaval a todos, com respeito, segurança e muita alegria!
Abraços e até próxima!
Mauro Bremer – @maurobremer

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Coluna Cristiano Mariotti: A realidade bate à porta

Em entrevista concedida à imprensa após o VEXAME (mais um para nossa extensa conta nesse século) de uma derrota em pleno São Januário para o Bangu, o zagueiro André Ribeiro afirmou que “agora é ter vergonha na cara e trabalhar a semana toda para ganhar os três pontos no próximo jogo”. Essa tal “vergonha” que o defensor cita começa em sua própria escalação, aliás indo um pouco mais fundo, em sua própria contratação. Difícil para quem já teve uma com seu lugar ocupada por Ânderson Martins a menos do que dois anos ter que conviver com o limitadíssimo futebol desse beque dispensado pelo pequeno clube gaúcho no ano passado. Muito embora não seja ele o grande culpado por essas últimas duas derrotas, contudo, seja apenas mais um dos componentes de um time limitado, com carências e que demonstrou tudo o que já sabíamos mesmo nas vitórias nessas últimas duas derrotas.

Tão absurda como a contratação e a escalação desse jogador é a possível vinda de Robinho, não o “rei das pedaladas”, mas sim um meia ofensivo fraco que, até o momento, a imprensa e nós mesmos torcedores estamos confusos se é o mesmo que atuou pelo Vasco na série B em 2009 ou não. Só por esse fato já se justifica a não-vinda desse rapaz, mesmo para um grupo que ainda carece de qualidade técnica e que, com certeza, não seria nem o Robinho ex-Vasco e nem o outro que era reserva do Coritiba e que jogou no Avaí que iria agrega-la ao plantel. Para quem já teve Juninho, Diego Souza e Felipe (quando queria jogar) nessa posição, ter que se contentar com jogador desse quilate é mais uma prova de que algo está MUITO errado.

Há tempos venho discorrendo permanentemente sobre tudo isso que é perene no clube, fica escondido nas vitórias mas que se aflora nas derrotas: o Vasco aprendeu a pensar pequeno, infelizmente. As dificuldades financeiras, uma diretoria decomposta e que tenta se recompor com profissionais sérios e que já sabem que terão muito trabalho pela frente, um time em formação com jogadores que chegaram a custo zero pela falta de dinheiro (alguns refugos, inclusive), um técnico que não inspira confiança em sua torcida... Tudo isso é uma mistura de causas e reflexos de quanto o Vasco reduziu-se, ao ponto de jogador chegar por empréstimo “para ganhar experiência” (segundo palavras de Alexandre Kalil, Presidente do Atlético-MG, em referência a Felipe Soutto). Nesse momento, tudo o que é de ruim volta à pauta: a esperança de dias melhores perde para o medo e o “fantasma” de que algo de muito ruim nos espera no Campeonato Brasileiro, em especial, retorna reforçado pelos argumentos das derrotas recentes e dessas pífias contratações que um clube endividado tal como o Vasco resolve cogitar em jogadores de fraco nível técnico.

É bem verdade e, tal como eu explanei logo após a primeira vitória (a mais convincente) sobre o Boavista na primeira rodada, deveríamos ter uma dose de otimismo (muito mais pelos profissionais sérios que chegaram ao clube para comandar essa reestruturação do que pela diretoria amadora e incapaz de executar que já conhecemos há tempos) sem, no entanto, chegar aos devaneios de que esse time incompleto “desfilaria” pelos gramados um futebol – arte, ou ainda, que os problemas seriam rapidamente resolvidos. Bem como devemos ter o equilíbrio e a consciência de que estamos iniciando uma caminhada em um ano que já se aparentou desde muito antes como um ano de grandes dificuldades para nossa caravela. Reconhecer nossas próprias limitações e procurar, junto a esses novos profissionais, resolvê-las de forma cirúrgica, com contratações que resolvam, e não que inchem ao elenco de jogadores inexpressivos e, assim, retornemos ao mesmo problema de outrora, com excesso de jogadores desqualificados e insatisfeitos.

E óbvio, as mesmas pontuações que fizera em meus últimos textos eu posso, sem problemas, repeti-las aqui de forma mais incisiva e ainda acrescentando mais outras para que não reste dúvidas quanto à minha opinião: Alessandro, além de ser um goleiro fraco sem confiança, é sem sorte também. Dedé está MUITO mal tecnicamente, e não é por ser ídolo que estarei aqui sendo conivente com suas últimas atuações muito aquém de seu potencial. Por sinal, corre-se o imenso perigo de, no meio desse time tal como está formado hoje, seu nível de atuação declinar em muito e, por consequência, seus direitos econômicos serem desvalorizados, culminando com sua transferência ao meio do ano por valores muito abaixo do que se pagaria por ele agora. André Ribeiro não deveria estar no Vasco, com todo respeito ao atleta.

Em termos ofensivos, faltam-nos pelo menos um lateral-esquerdo de origem que seja bom no apoio ao ataque (Yotún SE FOR somente na Taça Rio); e um meio-campo de peso para pensar ao jogo e criar jogadas mais agudas, pois com certeza delegar essa função única e exclusivamente a Bernardo é pedir para vivenciar dias de sol intercalados com chuvas e trovoadas provocadas por um jogador inconstante tal como ele é. Atribuir a esses dois fracassos na conta da ausência de Carlos Alberto (tal como alguns já sugerem) é criar uma nova dependência com um jogador que joga bem esporadicamente e que vive se lesionando. E depender da velocidade misturada com a falta de inspiração, de objetividade e de inteligência nos piores momentos de Éder Luís é sepultar de vez qualquer esperança ofensiva para um time ainda em estágio embrionário de formação, que em pouco tempo já foi capaz de despertar esperança por dias melhores e assombros por dias terríveis.

Finalizando essa análise de campo-e-bola: Gaúcho foi colocado no cargo por ser uma opção mais fácil válida, na teoria, para encontrar um lugar para Ricardo Gomes exercer, no papel, a função de diretor-técnico ao estilo Alex Ferguson; e porque também recebe de salários, com certeza, muito menos do que um treinador de maior envergadura. Efetivou-se sob desconfianças apesar de ter apresentado um bom retrospecto desde que assumiu o comando no ano passado e sob as mesmas continua, nesse momento de maneira mais forte após dois resultados ruins. O time não evoluiu em suas mãos, ao contrário: retrocedeu tecnicamente e taticamente. Portanto e mesmo levando em consideração o material humano que possui em mãos nesse momento, já passou da hora de o time sob sua regência demonstrar progresso. Não digo que deva jogar bonito e ser campeão: a discussão é de que entramos com um time mal armado contra o arquirrival – razão pelo qual também perdemos aquele jogo – e contra o Bangu a atuação conseguiu ser ainda pior. Colocar toda a culpa pelas derrotas é um gesto simplista demais, tal como foi o erro (MEU, INCLUSIVE) de somente atribuir as derrotas sucessivas do Brasileirão de 2012 às más decisões tomadas por Cristóvão Borges ao final de seu ciclo no clube. Mas compartilhar com ele e os demais da comissão técnica, da diretoria e dos jogadores esses dois últimos fracassos passa muito longe de ser algum absurdo.

Que a realidade que, hoje bate à porta, arda nos olhos de quem queira enxergar para que esses mesmos olhos não ardam com as mesmas lágrimas derramadas ao final de 2008! O momento não é nem de pregar o Apocalipse e tampouco de “dourar a pílula” para uma torcida há tanto tempo castigada com uma coleção de vexames: é de mudar o pensamento e trabalhar com inteligência (pensando no Vasco com o cérebro, e não somente com o coração) para crescer. Em todos os sentidos...

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Coluna Cesar Augusto Mota-Juntando os cacos

                                          
                                                   

                                    Crédito da foto: Marcelo Sadio/Site oficial do Vasco   


Saudações aos vascaínos e a todos os que acompanham a Gang do Bacalhau, estamos aguardando por mais um jogo na Taça Guanabara, que será importante para a manutenção do Vasco na liderança do grupo A, mas antes falemos do confronto anterior, o clássico contra nosso maior rival da última quinta-feira.

A expectativa dos vascaínos era que o Trem Bala passasse por cima do time  rubro negro, que mais uma vitória viesse e que a campanha seguisse com 100% de aproveitamento. Mas o jogo foi surpreendente, com ambas as equipes errando passes, partida truncada e muitas faltas. Só após vacilo de Alessandro, com uma bola rebatida na entrada na área e gol fácil de Hernane que o jogo passou a ter outros rumos.

A abertura do placar abalou a equipe, mas o Vasco antes de sofrer o revés já estava jogando mal, com os volantes improvisados de laterais deixando espaços para as descidas dos jogadores do Flamengo, meio de campo frágil na marcação, defesa mal colocada e falta de proteção ao sistema defensivo.

Todas essas falhas foram notadas pelo adversário, e o Flamengo aproveitou para ir à área vascaína em rápidos contra-ataques, e em um deles saiu o segundo gol, com a zaga em linha e sem marcar. Dedé não podia jogar por 2.

André Ribeiro mostrou que não pode jogar ao lado do Mito, sempre errando na cobertura, dando espaços e com muitos erros de passe, e um jogador que veio da segunda divisão gaúcha e com claríssimas limitações técnicas não poderia ser colocado de imediato na equipe titular.

Já na proteção, os 2 jogadores que contamos nos últimos jogos não possuem características de volantes de contenção, e as qualidades ofensivas acabavam por proporcionar brechas e chances de contra-ataque. Pedro Ken e Fillipe Souto não jogam de primeiro volante, e um Nílton ou Eduardo Costa falta na defesa do Vasco.

Discordo de declaração do Gaúcho, de que o Vasco não precisa de volante cão de guarda, certamente que necessita, nosso meio de campo pra frente está bem servido, mas não se pode tomar gols na mesma proporção que se marca, o Vasco é bom com a bola nos pés, mas se complica quando não tem a bola, e se as fragilidades defensivas forem constantemente exploradas pelos adversários, a equipe passará por muitos sufocos.

O meio campo com Jhon Cley e Bernardo foi sofrível, o primeiro foi mais uma vez improdutivo, perdeu todas as jogadas e parava os adversários com falta, o segundo demonstrou maior efetividade nas bolas paradas, e foram poucas jogadas individuais.

O ataque com Éder Luis e Leonardo não funcionou, as chances de gol surgiam, mas não foram bem aproveitadas, e com as entradas de Tenório e Dakson vimos mais movimentação e velocidade, mas o goleiro Felipe não deixava nada passar, e a pontaria de nossos jogadores continuava ruim.

Eram 3 gols de desvantagem, e nem o segundo gol marcado por Dakson de fora da área fez o Vasco acreditar que poderia pelo menos chegar no empate. Foram várias chances criadas, muitos gols perdidos e sérios problemas defensivos, foi o panorama da partida na derrota do Vasco por 4 a 2.

Resultado desagradável, torcida chateada, nunca é bom perder, ainda mais para o maior rival, mas não será por isso que o trabalho feito até agora seja considerado dispensável e que tudo está errado. O Vasco ainda está em formação, está desfalcado de alguns jogadores, e outros ainda irão ter chances na equipe.

Para o jogo deste domingo em São Januário às 19:30h, ocorrerá a estréia do lateral Nei, que foi bem avaliado pelos preparadores físicos e comissão técnica. Com a entrada do agora camisa 4, Abuda volta para a posição de origem, de cabeça de área  e fará dupla com Fillipe Souto, e Pedro Ken seria adiantado para o meio, para atuar ao lado de Bernardo. E no ataque, Tenório, que fez sua primeira partida no ano contra o Flamengo, pode ganhar oportunidade de já iniciar o jogo ao lado de Éder Luis.

Uma escalação que achei ideal, com Wendel seguindo como lateral até o início da Taça Rio, quando o peruano Yotún terá chance de jogar, e a provável ida de Jhon Cley para a reserva. Este demonstrou que não pode ser titular do Vasco, a manutenção seria prejudicial, e Gaúcho sinalizou que Alessandro será mantido no gol. Junto de Jhon Cley, foi um dos mais criticados após a derrota, é um goleiro bastante inseguro e sem confiança, devia o treinador sacá-lo da equipe e dar chance a Michel Alves, se trata de um goleiro experiente e que vinha de uma sequência de jogos no Criciúma, Alessandro estava há bastante tempo parado, e isso faz diferença nos treinos e jogos.

É esquecer o jogo passado, seguir em frente, buscar a vitória contra o Bangu e seguir esse longo e árduo trabalho na temporada 2013, vitórias nos mostram muitas coisas, mas derrotas nos ensinam e nos faz refletir, que o Vasco tire lições e procure sempre se aperfeiçoar para os próximos desafios que terá pela frente.

 

@GANGDOBACALHAU
@rasecmotta11