Cristiano Mariotti

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Cristiano Mariotti: RUMO AO...?!


A grande jornada do campeonato brasileiro de pontos corridos irá se inciar no próximo sábado. Para muitos, o sonho de título, tais como equipes mais qualificadas e que, em circunstâncias normais, deverão ocupar os primeiros postos e brigar pelo título ou, no pior caso, pela vaga na Taça Libertadores da América de 2014. Para outros, as pretensões são bem mais modestas. As equipes de menor expressão no futebol internacional se conformam com a fuga do rebaixamento, quem sabe, com uma vaga na Copa Sulamericana, que de inssossa não tem mais nada, pois o vencedor consegue, também, uma vaga na Libertadores do ano seguinte, disputa a Recopa das Américas e tem visibilidade para diversos países.

Infelizmente para nós, vascaínos, o discurso é de apequenamento. Vítimas de nossas próprias torpezas e decisões erradas ao longo do tempo, o Vasco inicia somente com um pensamento: não ficar no Z4, entre os quatro últimos que serão rebaixados em 2014. Muito triste a vertiginosa queda. Há exato um ano atrás, nossos lamentos eram pelo gol perdido de Diego Souza e, com ele, a vaga nas semifinais da principal competição das Américas para o Corínthians, que viria a ver campeão mais tarde. Pouco mais de um mês e até a mesma fatídica janela de transferência, o Vasco gozava do prestígio de ser líder da competição, lutando sempre no G4 e fazendo o torcedor acreditar que uma das vagas para a Libertadores de 2014 seria nossa. Contudo, o time foi desmontado e as chances foram indo embora. Do crédto à descrença e, em menos de dois meses, a certeza de que a falta de planejamento devido às transferências de último momento nos colocaram alijados de ver o Vasco no lugar onde ocupam Atlético-MG e Fluminense hoje.

Impressionante como as coisas mudaram para MUITO pior e, hoje, o vascaíno volta à síndrome que nos assombra em quase toda a era do Brasileiro de pontos corridos. Contudo, JAMAIS tinha visto um discurso tão derrotista outrora conforme estou presenciando. O torcedor do Vasco tenta se animar, tenta ajudar, ser sócio ainda que aparente que o clube não queira, aderir às campanhas lançadas nas redes sociais, mas sabe que a situação do clube é muito preocupante. Não há como sonhar com dias melhores e com desenvolvimento sustentável sem resolver a parte financeira, e sem a mesma não há como se ter um time competitivo. Contudo e tal conforme já escrevera em outro texto, sem time em evidência, sem visibilidade em mídia, sem retorno financeiro com marcas valiosas que poderiam pagar bem mais dentre outras vantagens. Sinceramente, já discorri sobre isso inúmeras vezes, nas insisto na tese de que já era para a situação estar bem melhor. São CINCO meses de trabalho de Cristiano Koehler e seus profissionais, e as notícias que recebo são as do não cumprimento do plano traçado em concomitância com a eterna morosidade marcante dessa gestão em se resolver problemas operacionais, por mais simples que sejam.

Entre tantas incertezas, apenas uma certeza: de que, dificilmente, veremos um Vasco bem mais forte nos próximos anos.  Que a luta, de momento, é outra, bem mais modesta como normalmente seria em seus grandes tempos. Podemos até ter um time competitivo dentro de pouco menos tempo do que achamos, mas ninguém garante que não será como em 2012, em que o desmonte evidenciou o quão fraco o Vasco foi para se reconstruir e se manter competitivo. Falta confiança e a credibilidade aparenta ter sido afogada no mar de erros e de mentiras que "tomou de assalto" São Januário. Entre promessas por dias melhores, vivemos na orfandade de um presente que nos faz constatar a propagação da interminável "era de trevas". Muito triste para um clube do tamanho como o Club de Regatas Vasco da Gama!

"Toques finais"

1 - Tal como escrevera em meu artigo no SuperVasco de ontem, André é um belo jogador, promissor e que, ao lado de Tenório, terá tudo para provar a todos nós o quanto ambos podem ser úteis ao Vasco, ao contrário de Éder Luís, que perdeu seu futebol naquele chute que nos deu o título da Copa do Brasil de 2011.

2 - Edson Borges chega a ser uma tremenda afronta para a torcida do Vasco, que perde Dedé, seu ídolo, e tem (ou teria) como reposição um zagueiro desconhecido, rodado em mais de dez clubes e cujo seu auge na carreira foi no modestíssimo Iraty, do Paraná, em 2006 pela Copa do Brasil, quando na ocasião fora eliminado para o Vasco em São Januário pelo placar de 5 vs 1.  Pode ser que a legislação da FIFA de não poder atuar em mais do que dois clubes ao ano nos auxilie a corrigir tamanha incoerência, mas só em ter cogitado seu nome como "reforço" já é motivo de desânimo e de propagação do mesmo para os já desanimados.

3 - Veiculou-se sobre a possibilidade do goleiro Paulo Víctor, reserva do Flamengo, jogar no Vasco através do empresário Reinaldo Pitta. Como nos dias atuais, percebo que as manchetes dos "jogadores oferecidos" ao clube não têm suas contratações concretizadas, penso que seja pouco provável que venha agora. Pelo ponto de vista técnico, trata-se de um goleiro MUITO MELHOR do que Alessandro e Michel Alves. Somente esse fator já credenciaria sua contratação.

4 - Michel Alves; Elsinho, Nei, Luan e Yotún; Sandro Silva, Fellipe Bastos, Wendel e Allison; Éder Luís e Tenório. É o que temos para sábado e não irá fugir muito dessa escalação. Não conheço o time da Portuguesa de Desportos, mas independentemente disso, a vitória É OBRIGAÇÃO se quisermos começar a cumprir nosso modestíssimo objetivo inicial para esse certame.


Cristiano Mariotti
cris.mariotti@crvasco.com.br
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segunda-feira, 20 de maio de 2013

Coluna do Mauro Segadas - Fim de Férias!!


Bom dia, amigos.

Finalmente chegou ao fim o período de férias forçadas do nosso Vasco. A partir do próximo fim de semana, a bola volta a rolar no campeonato mais disputado do planeta. Aqui, 9 ou 10 equipes entram com chances reais de conquistar o caneco. Algo bem diferente do que ocorre na maioria dos torneios Europeus onde as disputas se restringem a dois ou três times.
Se em 2011 e 2012 estivemos sempre entre os cotados ao título, para este Brasileirão 2013, infelizmente entraremos enfraquecidos, desacreditados. Nossa situação piorou sensivelmente e o desejo do torcedor HOJE é que não passemos por grandes sustos.

O atual elenco é fraquíssimo. Não temos um goleiro de verdade, faltam zagueiros de qualidade, precisamos de um lateral esquerdo pra disputar a posição com o Yotun, permanecemos carentes do chamado camisa 10 e nosso ataque não nos passa a confiança necessária. Resumindo, falta UM TIME!!

Com o fim dos estaduais pelo país, a expectativa quanto a chegada de reforços aumenta. Quem virá imediatamente?
André, atacante do Santos? Considero bom nome, apesar de passar por uma fase bem ruim, porém, acredito que ser possível recuperá-lo aqui. O Vasco tem um histórico de reerguer atacantes desacreditados.

Rafael Vaz, zagueiro do Ceará? Bom, se vier, vem como aposta. Os comentários a respeito deste rapaz são ótimos, mas se destacar em time pequeno é bem mais fácil do que em grandes clubes. A princípio, não chegaria para ser titular absoluto.

Montoya, meia-atacante do All Boys da Argentina? Difícil comentar algo sobre este jogador. Nunca vi jogar e as poucas informações que surgiram dão conta de que tem habilidade, apesar de ser extremamente individualista. Também viria para compor o grupo.

Estas são as especulações mais fortes de momento. Durante semana devemos ter mais novidades, afinal, está marcada uma reunião com a diretoria do Cruzeiro para definir os outros nomes que virão para o Vasco na negociação do Dedé. Vamos torcer para que o René não traga somente os refugos de lá. Aquele volante Henrique seria bem-vindo, mas não sei se estará na lista que o clube mineiro disponibilizará.

Já ouvi boatos de Alex Silva e Ibson, do Flamengo. Sinceramente, acho muito difícil vir alguém do clube da Gávea, ainda mais com os salários inacreditáveis que recebem.

Acredito que, finalmente, sairemos deste marasmo das últimas semanas. Nada aconteceu de interessante. De agora em diante o mercado ficará agitado e esperemos que o nosso clube possa buscar jogadores que agreguem qualidade ao elenco.
De apostas e refugos  já estamos cheios.

Sei também que alguns reforços de mais “peso” só virão quando a janela internacional for aberta, ou seja, em junho/julho.
O que está bem claro é que o time atual é fraco e não tem a mínima condição de disputar este Brasileiro. Acho que isso ninguém tem duvidas.

Vamos aguardar e torcer por boas novas daqui pra frente.
E que passemos pelo Brasileirão sem sufoco.

Vasco x Figueirense

No sábado o Vasco fez mais um amistoso de preparação para o Brasileiro. Jogando em Florianópolis, venceu o Figueira por 2 a 1, gols do Tenório e Alisson.
Como a partida não teve transmissão de TV, fica difícil fazer uma avaliação do que foi a partida, mas, baseado em informações de quem esteve no estádio, não foi nada muito empolgante.
Destaques para Luan e Yotun.

Nei continua com muito prestígio com o Autuori. Joga nas duas laterais e na zaga. Parece ser o homem de confiança do treinador, mesmo tendo atuações bem abaixo da crítica.
Que ele possa evoluir e fazer um grande segundo semestre.

HOJE, ele se encontra inferior tecnicamente ao Elsinho e ao próprio Yotun. E isso não é uma opinião minha. São palavras dos próprios repórteres que cobrem o dia a dia do clube.
Thiaguinho é outro que vem se destacado nos treinamentos e pode ser uma boa opção caso o Éder Luis continue nesta sua infindável briga com a bola.
Também estou botando fé no Dakson. Pode se tornar uma grata surpresa no decorrer da temporada.
É isso. Que venham logo os reforços!!

Acordo com a Fazenda

Saiu uma notícia dizendo que o acordo do clube com a Fazenda está bem próximo de acontecer. Rezemos MUITO para que seja verdade. Caso realmente ocorra, poderemos respirar um pouquinho.
A diretoria está bem otimista neste sentido.
Nós também!!!

Amigos, tenham uma ótima semana e que o nosso Vascão tenha uma estréia com o pé direito no próximo sábado diante da Lusinha!
Grande abraço e Saudações Vascaínas

Mauro Segadas
Twiter: @VascoJuve






segunda-feira, 13 de maio de 2013

Coluna do Mauro Segadas - Período de testes


Bom dia, amigos.

Como não tivemos grandes novidades no decorrer da última semana, vou falar um pouquinho sobre o amistoso que o nosso Vasco jogou no último sábado diante do Tupi, quinto colocado do Campeonato Mineiro 2013. Nem vou analisar o resultado do jogo. Tenho certeza que isso é o que menos interessa no momento.

É o recomeço de um trabalho praticamente do zero.
A preocupação do Autuori é em iniciar a montagem de um time capaz de jogar em razoável nível estas primeiras cinco rodadas do Brasileirão.

Vai ser algo lento, árduo, complicado?? Não tenho duvidas disso, mas confio demais na sua capacidade e sei que ele é um dos poucos profissionais no mercado capaz de tirar leite de pedra. Fazer do Botinha Campeão Brasileiro em 1995 é uma prova disso. O cara é milagreiro mesmo!!

Neste amistoso foi possível vermos algumas novidades em campo. Luan na zaga, Fabio Lima e Alisson no meio, Edmilson na frente. E, ao que parece, todos foram muito bem.

Difícil fazer uma avaliação melhor, até por que o adversário não é lá essas coisas, mas os comentários de quem assistiu a partida em loco foram de que o time jogou mais solto, com boa movimentação, melhor distribuído em campo.
Tenório fez gols, Dakson se destacou na armação, o garoto Luan foi seguro na zaga e o novato Fabio Lima não se intimidou com a primeira chance no time principal. Isso é bom!

É um recomeço de trabalho e a esperança é de que esses jogadores tenham um bom desempenho no início do Brasileiro e conquistem pontos preciosos. Acredito que o time da estréia não seja muito diferente desse aqui:

Michel Alves, Elsinho, Renato, Luan e Nei; Sandro Silva, Bastos, Dakson e Alisson; Éder e Tenório.

É lógico que ainda  pode pintar uma ou outra novidade durante esse período de treinos, mas acho difícil alguém chegar e já entrar no time.

E como duvido muito que venha alguém de “nome” antes do Brasileiro, deve ser mais ou menos com esse time aí que o Vasco iniciará sua trajetória nesse dificílimo campeonato.

No próximo sábado o Vasco fará mais um amistoso. Dessa vez o adversário será o Figueirense. Bom teste.
É importante dar ritmo de jogo aos atletas.

Amigos, é isso.

Mais uma vez uma coluna bem curtinha. Nada de relevante tem acontecido pelos lados da Colina. Esperemos que as próximas semanas sejam recheadas de notícias boas para o torcedor.
Acho que merecemos, né?

Abraços e Saudações Vascaínas



Mauro Segadas
Twitter:@VascoJuve

domingo, 12 de maio de 2013

Três frentes para levantar âncora da nau vascaína!


Olá amigos, como sempre venho fazendo, dou mais espaço para o assunto mais relevante comentado pelos vascaínos durante a semana. Portanto, neste domingo o tema será as manifestações positivas que a torcida vem tendo, abraçando a causa e tentando ajudar o clube a diminuir a dívida, seja com a Fazenda, Receita Federal, ou até, por que não, com os atletas.

Hoje existem três formas para colaborar com a instituição Vasco da Gama, são elas: Programa de Sócios, Campanha dos 100 mil e Campanha Dívida Zero, vou falar um pouco do que eu acho a respeito de cada e a sua relevância.

Programa de Sócios

Claro que toda a forma de contribuição é bem vinda, mas ainda considero o programa de sócios, a primeira frente e a mais importante. Por quê?

Simples, o torcedor associado além de contribuir mensalmente com um valor, que pode ser 30, ou 45 reias dependendo do plano, ganha o direito ao voto, responsabilidade essa que proporciona se manifestar contra, ou a favor a uma gestão administrativa, nas eleições. Fora o benefício de comprar ingresso um dia antes da venda aberta, ter direito a meia-entrada entre outros benefícios adicionais.

E o clube pode arrecadar milhões por mês, claro dependendo do sucesso de cada caso. O que muitas vezes é revestido na contratação de um grande jogador, nacional ou até mesmo internacional. Apesar da sua importância é a que tem menos mobilização, muito devido à demora da diretoria no lançamento do novo plano. Existe até uma movimentação, porém é pelo fato de estarmos mais ou menos a um ano das eleições e a “corrida armamentista” para aquisição de novos sócios e com isso votos.

Campanha dos 100 mil

A segunda frente veio em boa hora, já que o programa de sócios anda a passos de tartaruga, a campanha dos 100 mil, uma operação crowndfunding (financiamento coletivo) foi bem recebida pelos torcedores. Tem como objetivo principal, diminuir a dívida com a Fazenda, pagando processos em fase de execução.

Para contribuir basta o torcedor primeiro efetuar o cadastro através do site:http://www.campanhadoscemmil.com.br/online/ , no momento 20645 vascaínos se cadastraram e agora com o aval da diretoria, resta aguarda os ajustes finais de Koehler e os organizadores da campanha (Thiago Lima, Rogério Filho e Sidmar Almeida). A estimativa é que no início de junho comece a captar a mensalidade que será no valor de 20 reais, que iriam para uma conta particular e depois remetida ao Vasco.

É aquela velha questão, uma coisa é a pessoa fazer um cadastro, outra é pagar. Quando o antigo "O Vasco é Meu" foi lançado, em 2009, o agito também foi alto, mas com o tempo perdeu força.

Campanha Dívida Zero

Pegando carona na empolgação da segunda frente, a última delas foi criada no dia 1 de maio, o estudante de último ano de direto, Giordano Mochel lançou junto com outros idealizadores a campanha dívida zero, com o intuito de pagar as dívidas que o Vasco da Gama tem, com a receita federal.

Ela consiste também no cadastro do torcedor(Nomomento 3581 escritos):http://www.vascodividazero.com.br/ depois é liberada a emissão de DARF’s (Documento de Arrecadação de Receitas Federais) do processo sofrido que é estipulado pelo site, e aí o torcedor pode pagar um valor mínimo de 20 até 200 R$, sendo descontado do montante do valor real da dívida automaticamente.

Neste caso, o dinheiro doado vai diretamente para o destino final, sem passar nas mãos de terceiros, a iniciativa ainda não teve o aval da diretoria (E convenhamos, nem precisa ter). Ao todo já foram quitados 55 mil e qualquer pessoa pode ver quem contribuiu.

Conclusão

Então pessoal, hoje temos três frentes para levantarmos a pesada âncora da nau vascaína. Cada uma com as suas particularidades, meios e até fins específicos. Conheço amigos que estão nas três, outros que preferem uma, os considero da mesma forma, até porque a pessoa sabe da sua limitação e crença.

Pensando friamente se fosse escolher, optaria por virar sócio primeiro. O meu medo é que com a enxurrada de campanhas de arrecadação, o mais importante delas , que é se tornar sócio, ficaque em segundo ou terceiro plano. Sobre os 100 mil, prefiro esperar os primeiros resultados para dar uma opinião. E vejo com bons olhos a “Dívida Zero”, muito por conta da criatividade, transparência e praticidade nas tarefas.

Mas também não adianta a torcida se movimentar para diminuir as dívidas e a atual gestão continuar com os 630 funcionários, pagando mais de 100 mil reais para Robinho, Michel Alves, Enrico, Thiago Feltri & Cia.

Em tempo

Já que a onda é criar campanhas, sugiro criar uma nomeada de “Campanha dos Sem Empréstimos”. Ela consistiria no cadastro de vascaínos para impedir a cessão de São Januário para o Fluminense, time que nos últimos tempos vem nos prejudicando nas surdinas. Claro que fora de campo, dentro a freguesia permanece intacta.

Retweet

O retweet deste domingo vai para a frase do Mauro Segadas, colunista do site (Blog da Coline e do nosso Gang do Bacalhau!) escreveu a repeito do sentimento dos vascaínos tendo de ver o seu estádio ser cedido para a festa do time do pó de arroz:

✠ Mauro Segadas ✠ ‏@VascoJuve9 maio
Muito triste ver São Januário parecendo um panetone, cara... Cheio de frutinha dentro!!! Que terror!!

Lamentável!
Valeu Gang, fiquem com Deus, Saudações Vascaínas!

Andy Allah Gomes Xavier
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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Cristiano Mariotti: ACREDITAR EM QUEM?


Desde o início desse ano, o Vasco deixou bem claro para todos que os primeiros seis meses seriam de angústia e sofrimento por um time muito aquém do desejado, contudo o que se pôde arrumar dentro do atual cenário sem dinheiro e sem moral no mercado da bola. Esperava-se, no entanto, que ao final de abril já houvesse o encaminhamento de um time a ser completado para a disputa da Série A, o que de fato acabou não ocorrendo. Hoje, o Vasco possui um protótipo incapaz de sequer sustentar o discurso vazio de seu Presidente, o mesmo que em 2008 também afirmara que o “Vasco não seria rebaixado”, e que ao final do ano comprovou-se que discurso sem prática não leva a resultado algum que traga satisfação.

No Vasco dos discursos e das práticas políticas e das frases clichês ao meio de tanta desinformação, cabe a nós, torcedores, deduzirmos que iremos com esse atual time até o mês de junho, para caso o cenário melhore, havendo o tão sonhado desbloqueio das verbas e a chegada de novos patrocinadores, o time seja melhorado e transformado em algo que possa nos dar maiores esperanças de um final de ano mais digno e menos sofrido.
Tudo isso, no entanto, é muito incerto e inseguro. O que temos de mais correto nesse estágio de nossa história é somente o desejo de que 2013 passe rápido, tal como o certame brasileiro a se iniciar. Se há um passado nem tão distante nos indignávamos com times desse quilate, hoje o discurso é apaziguador, consolador e passivo. Não há nada que nos garanta dias melhores e nem perspectivas de melhora em curto prazo. Aceitem ou não, o Vasco aprendeu a pensar pequeno e a agir como submisso.

Se vivíamos sustentados em bravatas no passado, o presente é de gerundismo e de promessas não cumpridas. O modelo é orientado para o “não” que é o que já possuímos, pois para pensar no “sim” precisa-se de muito mais do que somente promessas. Em síntese: em uma abordagem down-up (do mais específico para o mais geral hierarquicamente falando), precisa-se de alguém com o pensamento de Vasco parecido com nosso atual técnico Paulo Autuori no topo a comandar.

O paradoxo formado

Sem dinheiro, sem time. Sem time, sem títulos. Sem títulos, sem retorno em mídia, em marketing, em autoestima para seus torcedores. Sem os próprios entusiasmados a se associarem e ajudarem o clube financeiramente. Considerando o Vasco como administrado como empresa, gasta-se o que se pode e obtém-se o resultado proporcional ao seu investimento. Mas como obter retorno desportivo e financeiro, perpetuar uma grandeza e fazer crescer uma torcida sem esse retorno, com times que passam longe das conquistas e jogadores que passam longe de serem ídolos da torcida?

O plano de sustentabilidade financeira e de desenvolvimento sustentável do clube passa por pessoas capazes, dignas de confiança e com respaldo da direção do clube. Passa, por exemplo, pela competência não demonstrada, em quatro meses, de se renegociar seu passivo junto à Receita Federal e de se resolver, de vez, os problemas das penhoras das verbas recebíveis, além da implantação de novas fontes de captação de verbas, como é o plano de sócios de um clube. Esse último, fruto da morosidade de uma diretoria que sempre trabalhou dessa forma, tornou-se hoje muito mais desejo de associação para cunhos políticos do que, propriamente, pela consciência de se auxiliar ao clube em primeiro lugar. Como se declarar, então, profissional e pedir apoio e crédito se práticas e pensamentos retrógrados ainda são dominantes para diretores eleitos que não souberam evoluir ao meio de tantos erros cometidos desde o momento de sua posse?

Não que se duvide da competência de um profissional como Cristiano Koehler, mas já passa do momento dele mostrar bem mais do que vem demonstrando até então. Ainda assim, contar somente com sua competência é muito pouco: é preciso bem mais do que um CEO na “Presidência Profissional” para fazer a máquina girar. Fica claro que pessoas capazes montam equipes capazes. Resta-nos saber o que tem feito a equipe profissional trazida por Koehler para o Vasco durante esses quatro meses, dentro da falsa transparência da diretoria eleita sob as esperanças por dias melhores. Quais são os resultados apresentados até o momento que seja digno de grande reconhecimento: nos tão criticados setores jurídicos e de marketing, inclusive.

O Vasco de Renê

Em (mais uma!) de suas recentes entrevistas, René Simões projetou a criação de um “Vasco B” no futuro. Tal afirmação nos leva a algumas reflexões: a mais sensata delas nos faz pensar que René estaria se referindo a esse atual time e ambiente, candidato justamente ao descenso para a Série B e que, no somatório do ano, faz uma campanha ridícula para o que já foi o Vasco um dia. Em outra, podemos imaginar que se trata da previsão do que pode estar por vir, daqui a seis meses e a continuar com esse cenário em que nos encontramos, e a formar um time para ser obrigado a disputar, novamente, a Série B em cinco anos de gestão Roberto. A última interpretação, e essa para quem preserva o Vasco ainda como GIGANTE, nos faz pensar que é mais um de seus equívocos, pois o Vasco B ainda que incompleto é o que possuímos atualmente. Falta melhor articulação e dinheiro para formar o Vasco A.

Renê Simões sabe que não conta com verba para trabalhar. Que nesses momentos, criatividade e sigilo absoluto em negociações são determinantes para a formação de um time dentro de seu limite estabelecido. Ainda assim e tal como um principiante no mundo do futebol, utiliza-se de expedientes que desvalorizam sua fala e depreciam sua própria imagem. Sua melhor resposta é com trabalho e resultados práticos, e não com tentativas de convencimentos e de encantamentos através de discursos filosóficos que enriquecem aos seus mais ferrenhos críticos e que nada agrega em retorno para o Vasco.

Hoje tem Libertadores em São Januário...

...contudo, ao contrário de ser o Vasco o dono da festa, caberá ao tricolor sem escrúpulos das Laranjeiras o dever de transformar em “Caldeirão” ao mesmo estádio em que o próprio, ao lado de Botafogo e Flamengo, se recusam a jogar seus clássicos na condição de visitantes contra o dono da melhor casa em condições de receber grandes jogos nesse momento, na capital. Reconhecida, inclusive pela FIFA, que a usufruirá durante a Copa das Confederações e que abrigará a um amistoso internacional durante o período de treinamentos das demais seleções. Se há um ano, o discurso era de participações seguidas na Libertadores, hoje São Januário só é mandante de jogos internacionais para os torcedores alheios. Quem sabe, “pelo bem do futebol do Rio de Janeiro”, seja ela a abrigar a final desse ano, ao passo que se tivéssemos chegado à final da mesma competição ano passado teríamos que jogar no Engenhão ou qualquer outra praça, por descuido da diretoria de não a saber liberar junto à Conmebol ainda em dezembro de 2011.

E o verdadeiro vice?

Foi praticamente zero a repercussão da imprensa carioca sobre o mais novo vice-campeonato do recordista disparado de vices em nosso país que é o rubro-negro produzido pela mídia, segundo o regulamento do Campeonato que se encerrou. Ao contrário, a triste constatação de que, em um programa esportivo de uma emissora “poderosa” de nosso país transmitido na última segunda-feira, havia jornalistas muito mais a exaltar seu “grandioso título” conquistado de “campeão dos superclássicos”. Nos jornais de grande circulação, nada da palavra “vice” ou de referências a seu respeito associadas com o clube da Gávea. Alguém haveria de duvidar de que seria diferente?

“Toque final”

Foi muito gratificante receber um e-mail de elogios ao meu trabalho aqui no SuperVasco – bem como as demais mídias vascaínas no qual sou colaborador dentro do espaço que possuo fruto de confiança e de reconhecimento de meu sincero sentimento por esse clube – do astronauta Humberto Quintas, que levou a bandeira de nosso amado clube à estratosfera em uma de suas odisseias pelo espaço! A ele, registro e agradeço de forma recíproca meu carinho e admiração pelo seu grande feito em favor de sua profissão e de nosso grandioso Vasco! Abaixo, segue o vídeo postado para quem não viu ainda.


Cristiano Mariotti
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sexta-feira, 3 de maio de 2013

DESABAFO!!!

Olá amigos Vascaínos,vamos hoje a um desabafo dos  últimos acontecimentos no nosso clube.

Bernardo e C. Alberto:
Até quando esses dois elementos vão manchar o nome do clube e ficar no Vasco,sem que nenhum membro da diretoria tome uma providência? Os dois não estão nem ai para o clube,sua história e sua torcida,Bernardo vive em favelas do RJ e noitadas,C. Alberto não joga nunca,não se dedica aos tratamentos e ainda vive arranjando das suas sempre que tem uma oportunidade. Ou a torcida exige as suas saídas ou o clube vai continuar a ter seu nome sujo,pois,já basta a falta de credibilidade que nos encontramos.

Planejamento:
Deram férias para um grupo de jogadores fracassados e que não conseguiram nem se classificar para a semi do carioca,ao invés de terem ido fazer amistosos no Norte-Nordeste do Brasil,onde a torcida do Vasco é grande demais e abraçaria o time quando ele mais precisava,mas como alguém na diretoria pode pensar ou ouvir a torcida que pediu isso nas redes socias.

René Simões:
Até quando esse cidadão vai fazer do Vasco seu estágio para cartola e ficar aparecendo sempre que ver um microfone,além de ficar fazendo promessas e iludindo torcedores com suas mentiras e ainda não mostrar nenhum resultado com suas contratações de baixo nível,a ponto de dirigentes de outros clubes falarem e fazerem piadas com o Vasco?

TORCIDA:
A torcida continua fazendo a sua parte,agora esta tentando mais uma vez ajudar o clube com o projeto dos cem mil,e até no último jogo contra o Madureira ele foi em pequeno número claro,mais os poucos que lá estiveram apoiaram o time,e nem assim ela recebe o devido respeito dos dirigentes do clube,aliás coisa que de uns 14 anos ela não vem recebendo mesmo.

Autuori:
Homem de coragem,pois, assumir um time que não se tem expectativa de nenhuma melhora e talvez de não ter a compreensão que se acha que vai ter da torcida,teve coragem e confiança.
Esperar que com sua inteligência e experiência consiga nos levar ao nosso devido lugar,pois ver o Vasco,clube que amamos e vivemos nessa situação as vezes dá vontade de chorar.
O Vasco nessa situação só está sendo a alegria da imprensa e de muitos ligados ao futebol,pois o Vasco incomoda a tudo e a todos,e precisa voltar a vencer e ser vencedor outra vez.
Torço e acho que se ele tiver um pouco de estrutura,pode levar o Vasco para dias melhores.

Política:
Isso está acabandando com o clube,mas eles continuam lá sugando o pó,pois o sangue já acabou há tempos.

ESPERANÇA:
Que o futuro nos reserve dias melhores,mas que alguma coisa ou a torcida acorde para algumas pessoas que se encontram dentro do Vasco usando o clube como palco para suas carreiras profissionais e pessoais.

Esse foi um pequeno desabafo de um torcedor apaixonado e triste por ver sua maior paixão sendo mal tratada por algumas pessoas que não sabem e nunca deram nada para o Vasco e ainda estão tirando do clube. Jogadores,dirigentes passam e o Vasco e sua torcida continua. SV

José Cralos Prata @JCPRATA_01 @GANGDOBACALHAU





















quarta-feira, 1 de maio de 2013

Cristiano Mariotti: O VERDADEIRO CLUBE DO TRABALHADOR BRASILEIRO

Segundo o censo demográfico elaborado pelo IBGE em 2010, o Brasil possui 43,1% (aproximadamente 82 milhões) de pessoas pardas, e um percentual de pessoas da raça negra 7,6% (aproximadamente 15 milhões).  Com relação ao percentual de pessoas consideradas na classe mais pobre possível, tem-se um percentual de 16,5%, o que corresponde a aproximadamente 31 milhões de pessoas. Todos esses dados estatísticos coletados nos levam ao enfrentamento entre a parte majoritária que compõe a população brasileira (em percentual, menos favorecida em todos os sentidos) com a parte minoritária composta de pessoas consideradas de origem cem por cento caucasianas ou pela “elite”, mais favorecida econômica e socialmente, e que tal como na história conhecida no mundo (desde a Europa Antiga) são considerados como centrais, relegando aos demais “fragmentos” à alcunha de “periféricos”.


Mesmo com o passar dos anos e com os “massacres ideológicos”, a própria história faz questão de registrar e fazer justiça a todos. Ainda que uma mentira repetida milhares de vezes possa se tornar para os mais leigos a verdade absoluta, a história é livre para a pesquisa aos que interessam-se por investigar a verdade, que pode ser ocultada ou maquiada, mas jamais apagada. O chamado “clube do povão”, bem como seu “pai no futebol” tricolor e aliado a mais um clube da Zona Sul do Rio de Janeiro e ao outrora grande América, fazia parte de uma elite que não aceitava a prática do futebol para negros e pessoas de classe social menos favorecidas. Assim fizeram e assim a crônica esportiva, de uma forma geral, faz questão de esquecer.



Em seu livro “Para que tanta raça se um gol contra basta”, o jornalista Wellington Lopes destaca o escritor Mário Filho, que reconhecia a verdadeira revolução que iria mudar os rumos do futebol, de forma a socializa-lo para as classes menos favorecidas e que, de fato, são as que melhor representam à população brasileira: a classe trabalhadora, formada por brancos, mestiços, pardos, negros e de menores expressões na sociedade. Ainda segundo Mário Filho, “Desaparecera a vantagem de se ter boa família, de ser estudante, de ser branco. O rapaz de boa família, o estudante, o branco tinham que competir, em igualdade de condições, com o pé-rapado, quase analfabeto, o mulato e o preto para quem jogava melhor. Era uma verdadeira revolução que se operava no futebol brasileiro”.



Tais escritas do jornalista foram a constatação da quebra do paradigma de que o futebol era para elite, responsabilidade essa do Club de Regatas Vasco da Gama, ao se “atrever” a desafiar à classe dominante e ao vencer o Campeonato Carioca promovido pela Liga Metropolitana dos Desportos Terrestres (LMDT), em 1923. Revoltados, tais clubes fizeram o impossível para impedir a participação do Vasco em ligas posteriores, o que para o jornalista Mário Filho, ainda citado pelo jornalista Wellington Lopes em sua obra, era “uma prova do preconceito social que predominava na época”, ainda que o profissionalismo esportivo já desse mostras mais do que claras de ser o novo rumo do esporte que, àquela altura, já estava a se tornar o mais popular dentre o povo brasileiro.



Com a publicação da carta histórica publicada um ano depois (1924) pelo Presidente do Clube, José Augusto Prestes (http://www.supervasco.com/noticias/carta-historica-contra-o-racismo-completa-hoje-87-anos-96042.html) , o Vasco avançava mais ainda em defesa dos direitos dos menos favorecidos. Mais do que isso e ainda que se admita, hoje, que o Bangu em suas fábricas de tecidos já usara alguns negros em seu time em anos anteriores, coube ao Vasco o dever de tornar formal a primeira ação histórica que causou grande impacto para o fim do preconceito no esporte, mais especificamente no futebol. Coube ao clube seus primeiros grandes deveres no qual a sociedade, hoje, alimenta-se de seus frutos plantados: o profissionalismo esportivo e a defesa pública pelos renegados à época – fatias sociais estas que são considerados “a cara” do trabalhador brasileiro:representam o povo sofredor em seu dia-a-dia e que sai em defesa de sua própria sobrevivência, até mesmo contra o próprio governo que elege na esperança por dias melhores.



São Januário: templo da resistência


A iniciativa de se construir seu próprio estádio e de ir contra a um modelo elitista segregador fez com que os trabalhadores vascaínos arrecadassem verba e, em dez meses, erguessem o mesmo templo em que, quase um século depois, é solicitado pelos mesmos clubes personagens da segregação naquela época, contudo até hoje não possuem seu próprio estádio em condições de abrigar grandes jogos.

Mais do que um símbolo de resistência, é uma prova de trabalho árduo para que se prevalecesse a igualdade de condições para todos no futebol, sendo eliminados todos e quaisquer pretextos para não se incluir o Vasco na nova liga criada AMEA (Associação Metropolitana de Esportes Athléticos). Como resultado, o maior templo do futebol brasileiro durante mais de uma década.Palco, inclusive, da assinatura de decreto trabalhista que criou o salário mínimo (1940) e da instituição da Justiça do Trabalho, um ano depois. Fatos esses ricos em que os“trabalhadores do Brasil” (expressão utilizada pelo Presidente Getúlio Vargas) reconhecem como de grande importância até os dias atuais.

Quase noventa anos depois, todo o passado é motivo de orgulho e, com certeza, colocam o Club de Regatas Vasco da Gama a ser reconhecido como o VERDADEIRO clube que prezou pelo social que simboliza o povo brasileiro. Ainda que exista reconhecidamente nos dias atuais uma elite capitaneada por veículos de comunicação e órgãos públicos que desprezem tais acontecimentos, que se furtem a divulga-los e que , com imensa desfaçatez, já não faz questão de velar sua preferência por A e B, haverá SEMPRE a herança deixada pela luta dos vascaínos pelo direito de ser grande e de zelar por seus “filhos”. E a lembrança de uma bem-aventurança que mobilizou classes que pediam respeito a si próprios. Afinal, jogadores de grande brilho como Pelé (“Rei do Futebol”), por exemplo, não queriam como jogar no time tricolor da Rua Plínio Machado, nas Laranjeiras, sem serem obrigados a se pintarem para jogar futebol.



A falácia propagada


Em programa apresentado no Canal SporTV no ano passado, o jornalista Paulo César Vasconcelos afirma que o vascaíno "é um torcedor diferente, humilde, que possui a característica da simplicidade ao invés de fazer marketing e se exaltar por sua própria história". Não deixa de estar errado, muito embora seja a própria empresa dona do canal em que trabalha que ajuda a esconder a realidade e a propagar uma falácia, levando todos a crerem que o clube rubro-negro – outrora um dos que agiram com cumplicidade aos demais pela prática do preconceito no esporte – seja a representação do povo brasileiro, quando os mais entendidos sabem que a missão de transformar o clube da Gávea nesse (falso) retrato passou pela vontade do falecido dono da maior emissora de comunicação do Brasil, rubro-negro assumido, em concomitância com a vontade de alienar uma parcela da população criando-se uma “massa de manobra” para seus interesses através do esporte mais apaixonante desse país.



Naquele momento em plena década de 1970, estava criada com mais formalidade a “Flapress”, de onde através do termo “raça” embutiu nas cabeças dessa mesma massa uma ilusão de que o clube rubro-negro é, supostamente, a personificação desse termo. Mesmo tendo que, para tanto, esconder fatos lamentáveis e vergonhosos, como o caso Wright na Libertadores de 1981, o caso das “papeletas amarelas” e a estranha suposta ligação de seu ex-Presidente com uma extinta empresa que fazia parte de negociatas com a FIFA até o ano 2000, segundo conta o livro “Jogo Sujo”, do autor Jennings Andrew.


O vídeo hospedado abaixo, criado com base na tese da Doutora em Educação Física Marizabel Kowalski “Por que Flamengo?” (disponível em http://www.efdeportes.com/efd107/por-que-flamengo.pdf ) dá a exata noção da alienação da massa e da crença de que justo um dos clubes mais elitizados do Brasil, domiciliado na Zona Sul do Rio de Janeiro junto com Botafogo e Fluminense, passe à dimensão de “mais querido do povo brasileiro”.





Marcas de uma luta e o triste papel vascaíno atual


Ainda que não se admita de forma aberta, a luta do Vasco – ao contrários dos demais, ÚNICO grande clube carioca domiciliado em um bairro humilde do Rio de Janeiro – trás como consequência para muitos na própria mídia esportiva a indiferença, a minimização de grandes feitos que, se fosse no rubro-negro, seriam objetos de grande exaltação. A oposição do Vasco a esse modelo arquitetado de dominação incomodou durante anos aos interesses de muitos, mas trouxe para o vascaíno a sensação de orgulho por ter sido o pioneiro nessa luta pela igualdade no esporte.

Atualmente passivo e sem vontade própria, aceitador de imposições, fazedor de políticas “pelo bem do futebol do Rio de Janeiro” e sem representatividade junto às mídias e aos órgãos governamentais em território nacional, a posição que o Vasco aceita nesse momento histórico passa LONGE de ser o retrato fidedigno dos mais humildes batalhadores que “ralam” pelos seus direitos, indo inclusive em contradição tudo que pregou durante sua magnânima própria história de lutas e que rendeu RESPEITO e EXPRESSÃO durante muito tempo. Coibiu o avanço das redes de comunicação dominantes que sempre tiveram o intuito – e hoje, aproxima-se de suas pretensões – de colocar suas “invenções de clubes do povão” como polarizadoras do futebol dentro de alguns anos, ficando quase impossível a reversão desse cenário dentro de algum tempo.

Inerte, o Vasco em sua postura atual não seria componente importante da história que nos orgulhamos quase um século depois, dando graças a DEUS de que, naqueles tempos, havia sentimento de luta ao invés de subserviência. Concede de forma irresponsável um termo de veto de seu próprio estádio para que os demais considerados grandes e com suporte do poder público não joguem contra nosso clube em nossa casa, mas permite que um clube sem escrúpulos o utilize para seus jogos na Libertadores. Inclusive, até aceitaria uma final entre o mesmo clube e o clube do ex-Presidente do IBOPE e alvinegro que, em entrevista concedida recentemente, desprezou a São Januário, menosprezou o Vasco e o rotulou como “freguês”. Ainda que sua cessão a essa dupla seja por dinheiro, mas o correto é que a AUTOESTIMA, a DIGNIDADE e a HONRA não se vendem, muito menos para os que seriam “os astros” de uma, até então, possível decisão de campeonato em São Januário.