Olá, amigos vascaínos!
A palavra para o momento que vive
o Vasco no Campeonato Brasileiro: oscilação. Em alguns jogos vemos a equipe ir
bem, e não chegar ao resultado almejado, em outros nos deparamos com atuações preocupantes
e o resultado positivo. No caso do jogo
contra o Náutico, valeu pelo segundo tempo, pois no primeiro foi um primeiro
tempo preguiçoso e sem inspiração. Comentemos a seguir.
Campeonato Brasileiro
Os principais problemas do Vasco
bem sabemos, são defensivos, e não é só o goleiro que não passa confiança,
temos uma zaga temerárias e não há proteção a esses jogadores de defesa. Contar
com Cris e Wendel na proteção é dose para elefante, o segundo já teve atuações
melhores, mas hoje não é mais o mesmo. Já o primeiro, esse já falou 3 vezes em
5 partidas e não sabemos o que ele ainda faz na equipe para ser mantido
titular. Dorival aposta na experiência e
acredita que ele possa ser útil, mas colocar um atleta fora de ritmo de jogo e
com sérias limitações técnicas desde o começo de um jogo é pedir para tomar
gol.
Outra falha é na marcação, está mais frouxa, nossos jogadores dão espaços para os adversários pensarem e finalizarem, não pode acontecer isso, foi o que aconteceu contra o Cruzeiro, que aproveita muito os chutes de fora da área, e nosso goleiro tem apresentado deficiência em chutes de longa distância.
Além disso, outro ponto preocupante está na criação, Juninho não pode atuar em todos os jogos e quando cabe a Pedro Ken o papel de articular jogadas, se enrola com a bola, é lento para voltar e ajudar na marcação e não consegue desarmar, perdemos muito quando ele entra em campo.
Falando um pouco do jogo de ontem, constatamos o que disse anteriormente, com Wendel e Pedro Ken é como se entrássemos com 2 a menos, e com as entradas de Dakson e Juninho o time ganhou outra vida no segundo tempo. A primeira etapa foi sofrível, o Vasco estava desarrumado, quase não ameaçou o gol do Náutico e quase teve a defesa vazada mais uma vez, mas a trave salvou o goleiro Diogo Silva.
A torcida caiu em cima de Dorival Júnior ao colocar Juninho no banco contra o Náutico, mas o próprio jogador havia dito que não tinha condições de atuar por 90 minutos e que preferia jogar por somente um tempo de jogo. Foi até melhor, pois ele não foi bem contra o Cruzeiro e precisava de um descanso, e talvez Juninho não tivesse um desempenho tão bom se tivesse atuado em todo o jogo. Dakson teve participação decisiva, deu passe para um dos gols e foi mais efetivo Pedro Ken e mais uma vez vimos os jovens Willie e Marlone fazerem bonito.
Como falei anteriormente, mas forma gratas surpresas esses dois jogadores. Marlone já é do Vasco, cria da base, mas não tinha oportunidade, e quase foi emprestado na época de Paulo Autuori, Willie foi uma aposta e chegou sem alarde, e em 4 jogos já fez 3 gols, uma boa média para quem acabou de chegar e desconhecido. Caso continue jogando bem, valerá o esforço para manter Willie no clube, e Marlone, com uma sequência de jogos como titular e jogando como sabe, partindo para dentro e com seus bons dribles e chutes, tem tudo para se firmar de vez no clube de coração. É seguir o trabalho que vai dar certo, tanto para Marlone como para Willie.
Reformulação
Esta semana vimos Maicon Assis se
desligar do Vasco e partir para Portugal, rumo ao Trofense. O jogador não teve
muitas oportunidades no profissional, e que possa ele ter melhor desempenho e
faça sucesso em sua carreira. Além dele, Renato Augusto pode ser mais um a sair
do clube, assim como Guilherme Morano. É o processo de enxugamento no elenco
que vai sendo feito, antes 43, agora são 34 atletas no grupo profissional,
número ainda alto no Vasco.
Como o time ainda está sendo ajustado e não há tantas opções no mercado, utilizar atletas da base passará a ser mais frequente, ainda mais com o sucesso dos meninos na Taça BH. O goleiro Jordi e o meia Jhon Cley, este já tendo atuado no profissional, mais adiante devem ter oportunidades, e são atletas de boa cabeça, sabem que precisam trabalhar com humildade e pés no chão e esperar a hora certa. Além dele, temos Guilherme Costa, Marquinhos e Baiano, sem contar com um atleta do juvenil e que vem arrebentando, Renato Kayser. Este pode ter uma boa trajetória, isso se não for vendido cedo para a Europa, e sem esquecer dele, Matheus Índio.
Após um período tenebroso, o Vasco voltou a mostrar bons valores, e se forrem feitos os devidos investimentos, mais valores surgirão e pode o Vasco também ser beneficiado em futuras negociações.
Mas o Vasco terá muito trabalho, há muitos empresários em São Januário e o clube não tem alto poder aquisitivo e de persuasão para manter seus valores feitos em casa.
Punição no STJD
Foi absurda a punição aplicada
pelo STJD ao Vasco por conta dos tumultos em Brasília. O jogo era do Vasco, o
clube alertou os torcedores sobre os riscos, a empresa responsável organizou o
jogo, mas do nada chegaram vários pseudo-torcedores e transformaram um
espetáculo num campo de guerra. O que os vascaínos fizeram foi se defender, não
podiam aceitar aquilo e nada fazerem, mas houve uma falha grosseira da empresa
em não se atentar para a divisão nas arquibancadas e também o total despreparo
da Polícia Militar do Distrito Federal.
Encerramento
Nesse domingo teremos uma prova
de fogo. Contra o Atlético Paranaense, vice-líder, o Vasco tentará a segunda
vitória seguida e subir um pouco mais na tabela, mas o jogo será contra uma
equipe que está a 11 jogos sem perder e que vem numa enorme crescente. Fez a
diferença descartar o estadual no início do ano e se preparar para o Campeonato
Brasileiro, vemos o Atlético mais inteiro comparado aos adversários. Não é uma
equipe brilhante, mas é bem organizada e com disciplina tática, todo cuidado é
pouco.
Obrigado a todos, enquanto a torcida não for impedida de entrar em São Januário para ver os jogos e empurrar o time, que cada torcedor vá e faça sua parte, cante, grite,incentive, e critique no final das partidas. Bom jogo e ótimo fim de semana a todos!
Cesar Augusto Mota
Twitter:
@rasecmotta11
E-mail:
rasecmotta@uol.com.br
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